No dia 12 de março, sexta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou, pela primeira vez, a Fiocruz para produção da vacina contra a Covid-19. De acordo com o site da fundação, a expectativa é que a Anvisa autorize a liberação dos primeiros lotes do imunizante o mais rápido possível para que, ainda essa semana, a Fiocruz possa entregar ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) o primeiro milhão de vacinas Covid-19 produzidas pela instituição.

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“Apenas seis meses após a assinatura do Contrato de Encomenda Tecnológica, já iniciamos a produção de uma vacina contra a Covid-19, baseada em uma das tecnologias mais avançadas no momento, e obtivemos o seu registro para ampla distribuição no país. A urgência que a gravidade dessa pandemia nos impõe fez com que todos os envolvidos trabalhassem incansavelmente e pudessem realizar em meses um processo que, normalmente, dura anos. Isso também não seria possível sem todo o apoio técnico da Anvisa em cada etapa do processo de submissão contínua. Trata-se de um dia histórico para a Fiocruz e para o Sistema Único de Saúde”, comenta a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

Também foi iniciada uma segunda linha de produção da vacina, o que aumenta a capacidade produtiva do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). A instituição espera chegar até o fim de março com uma produção de cerca de um milhão de doses por dia. “O registro definitivo da vacina Covid-19 é resultado de intenso trabalho, em estreita parceria com a Anvisa, desde junho do ano passado, por meio de reuniões e envio de informações de forma contínua para que tudo pudesse acontecer com a maior celeridade possível. Com isso, a partir da próxima semana passaremos a entregar a vacina processada internamente ao Programa Nacional de Imunizações, contribuindo definitivamente com o combate à pandemia no país” destaca o diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Mauricio Zuma.

Imagem: Divulgação

A vantagem de um registro definitivo para a vacina é a possibilidade de uma maior imunização, com a ampliação do público que passa a poder tomar a vacina, adultos acima de 18 anos, conforme recomendações. “Uma vacina registrada pela Agência, com uma etapa de produção já realizada no Brasil, representa maior autonomia ao país e acesso à vacina”, comenta o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.