anabolismo
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Por Prof. Ms. Rodrigo Domingues 

Metabolismo, por definição, é o conjunto de reações físico-químicas do nosso organismo (ou de qualquer ser vivo) para que a vida se mantenha. Trata-se de captar a energia proveniente dos alimentos (ou do sol no caso das plantas) e disponibilizá-la para que as funções vitais sejam mantidas. Porém, estas reações podem sofrer alterações por muitos motivos, incluindo disfunções hormonais, sendo aquelas da glândula tireoide as mais relevantes (hipotireoidismo e hipertireoidismo, reduzindo ou acelerando a taxa metabólica, respectivamente). Tais mudanças implicam na maior queima calórica (metabolismo acelerado) ou menor (metabolismo lento), o que terá como inevitável consequência o acúmulo de gordura no segundo caso, fato esse que pouco ou nada nos interessa. Portanto, e excluindo, obviamente, doenças e disfunções hormonais, cabe a nós termos hábitos de vida que permitam ou que colaborem para uma taxa metabólica favorável à queima de gordura e ao aumento de nossa massa muscular. Assim sendo, o aumento da força muscular e, consequentemente, do volume de massa magra, é determinante na aceleração do metabolismo, já que os músculos demandam muita energia à sua regeneração pós-treino. Tal fato também nos permite dizer que o emagrecimento depende muito dessa massa muscular fortalecida. O custo de mantê-la forte é alto para o organismo, e isso significa que as calorias dos alimentos são, em sua grande maioria, usadas nesta regeneração muscular. A este processo dá-se o nome de anabolismo. O processo que se segue concomitante é o catabolismo.

anabolismo

Ao mesmo tempo em que as fibras musculares estão se regenerando nas horas seguintes a um treino, nosso organismo igualmente está degredando moléculas de energia armazenadas, destacando aqui a glicólise (quebra das moléculas de glicose) e, na sequência, a lipólise (degradação da moléculas do tecido adiposo, ou seja, gordura). No tocante à alimentação, entretanto, afirmar que há aceleradores de metabolismo, tal como o limão, é um tanto arriscado. Não há comprovações científicas, porém, o que já se tem considerável respaldo nos estudos da área, é a frequência com que nos alimentamos. Pular refeições, por exemplo, obriga nosso metabolismo a se defender da escassez de calorias, lutando pelo máximo armazenamento possível, o que significa mais gordura. Já a regularidade na alimentação, procurando evitar períodos superiores a três horas de jejum, leva à uma condição mais saudável, pois nosso organismo entende que suas funções vitais sempre serão mantidas, tornando o acúmulo desnecessário. É claro que ainda teriam muitas outras ponderações, ressaltando a qualidade dos alimentos. Tudo isso ainda pode ser colocado diante do ciclo circadiano, o qual significa tudo aquilo que acontece em nós durante 24 horas. E isso é um dos pontos mais relevantes, muito mais do que, por exemplo, não comer isso ou aquilo à noite. Ou seja, o importante é o que você gastou e ingeriu no decorrer de um dia. Se o balanço desta equação lhe favorecer, seus objetivos serão mais facilmente alcançados.