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Mi Casa, Su Casa: escolas de Campinas participam de projeto em prol de refugiados venezuelanos

Redação Graciolimaio 3, 2021

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A questão humanitária sobre os refugiados venezuelanos que estão no estado de Roraima virou pauta dentro da sala de aula de escolas de Campinas, São José do Rio Pardo e Mogi Mirim. Isso porque essas instituições de ensino passaram a integrar o projeto Mi Casa, Tu Casa (Minha Casa, Sua Casa), realizado pelo jornal Joca em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), com o apoio da organização Hands On Human Rights.

O objetivo do projeto é envolver crianças e adolescentes de todo o Brasil com a doação de livros infantojuvenis em português e espanhol (que estarão em armários-bibliotecas nos abrigos para venezuelanos), assim como a realização um crowdfunding e a oportunidade de realizar uma troca de mensagens entre os jovens de todo o Brasil e crianças e adolescentes dos 13 abrigos existentes em Roraima – onde, segundo a ONU, vivem 6.600 venezuelanos e 47% têm entre 0 e 17 anos.

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Foto: Allana Ferreira/ACNUR

“Acreditamos que a leitura possa levar conforto a essas crianças e adolescentes, permitindo que continuem projetando seu futuro. Mas os benefícios da ação vão além e também chegam aos jovens que se envolvem pelo Brasil. É uma oportunidade única de interagir com o que está acontecendo em nosso país vizinho. Ao participarem da ação, os jovens serão os protagonistas dessa missão, colocando o projeto em pé”, explica Stéphanie Habrich, diretora executiva e fundadora do Joca.

Para Edgard Raoul, conselheiro na Hands On Human Rights, enquanto as pessoas vulneráveis sofrem as consequências de nascer em determinado local, os outros, privilegiados, se isolam em suas “ilhas seguras”. “Quem poderia mudar essa realidade não o faz. São adultos que carregam ideias fixas e preconceituosas. O projeto Mi Casa, Tu Casa tira esse protagonismo dos adultos, entregando-o aos jovens. Esses, ainda em processo de formação, têm a sensibilidade e a força para questionar uma péssima realidade. A partir do momento em que os jovens se conhecem e se entendem como seres humanos, qualquer diferença sobre nacionalidade, religião e cultura desaparece”, diz ele.

O prazo para participar do projeto Mi Casa, Tu Casa (Minha Casa, Sua Casa), doando livros, colaborando com o crowdfunding e enviando mensagens para os venezuelanos, vai até o dia 24 de maio e qualquer escola do Brasil pode se inscrever. A intenção é que os livros e cartas sejam encaminhados para Roraima na primeira semana de junho.

Como participar

O projeto do jornal Joca incentiva que seus leitores, escolas e outras instituições de ensino participem da arrecadação de livros voltados ao público infantojuvenil tanto na Língua Portuguesa como da Língua Espanhola. Os livros podem ser enviados para a sede da Editora Magia de Ler, responsável pela publicação do jornal Joca.

Joca ainda convida os participantes a escreverem uma dedicatória às crianças e jovens venezuelanos nos exemplares arrecadados, bem como cartas que contêm um pouco sobre os costumes e cultura de sua região, com a intenção de integrar as crianças que estão chegando ao País com as brasileiras, por meio do compartilhamento de suas experiências. Para facilitar e possibilitar o envio de respostas dos venezuelanos que quiserem trocar mensagens, também serão enviados para os abrigos selos postais, papel e canetas.

Além disso, há uma campanha de crowdfunding, disponível no site para cobrir as despesas do projeto, tais como a logística de entrega de livros e materiais para montagem dos armários-biblioteca, transporte e alimentação de equipe. O incentivo é para que jovens de todo o país coloquem suas ideias em prática usando a criatividade – como unir a turma da escola para uma doação em conjunto, por exemplo.

Alma C., 13 anos, de São Paulo , já está participando. “Decidi me envolver porque acho importante ajudar as pessoas. Antes, eu não sabia que isso [a questão dos refugiados venezuelanos] era um problema que existia, mas agora sei que é algo que acontece em Roraima e em outros lugares do mundo. Acho que este projeto vai ajudar os jovens a se sentirem bem recebidos e aceitos”, diz.

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