O Junho Violeta foi criado em 2006 pelo Organização das Nações Unidas e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência Contra à Pessoa Idosa, que busca conscientizar e combater a violência contra os idosos. Com o lema “Dignidade e Respeito para com a Pessoa Idosa”, a campanha visa movimentar a população para combater uma violência que infelizmente vem crescido mais a cada dia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o ano de 2050 o número de idosos triplicará e passará dos atuais 400 milhões de pessoas para 1.2 bilhões em nível mundial. A entidade também afirma que pelo menos 142 milhões pessoas com mais de 60 anos não conseguem ter suas necessidades básicas atendidas ao redor do globo.

Para alcançar as metas de maior proteção à pessoa idosa desejadas pela OMS são necessários estudos interdisciplinares, como os apresentados no livro Tratado da Pessoa Idosa, que reúne pesquisas realizadas na Argentina, Brasil, México, Peru e Portugal. Considerada valiosa em algumas culturas e um fardo para outras, essa grande parcela da população vivencia diferentes experiências de longevidade ao redor do mundo. Analisar a presença delas em sociedade, seus anseios, direitos e perspectivas vai além do que prevê o Estatuto do Idoso.

Nesse sentido, a obra coletiva bilíngue apresenta debates em nível internacional sobre o envelhecimento saudável e funcional, que incluem qualidade de vida e habitação, saúde sexual e o respeito ao declínio físico, psíquico e social do idoso. Também engloba a importância da estimulação cognitiva, o dever estatal de atendimento às necessidades básicas das pessoas que passaram dos 60 anos e aspectos da previdência social.

“A economia capitalista, fortemente implantada em nosso meio, considera os seres humanos como “agentes econômicos” com características produtivas, determinada idade e com certa força de trabalho (…). Esse cenário deduz que os idosos são considerados, dentro da globalização, como um “objeto” inútil, apolítico, amnésico, sem criatividade ou capacidade de se desenvolver. Isso gera uma barreira entre a sociedade e a velhice, que se reflete na família e no Estado, de modo que aqueles que têm 60 anos ou mais, se enquadram na categoria de grupo vulnerável.”
(Tratado da Pessoa Idosa, p. 535)

Coordenado pela pós-doutora em Direito da Bioética Regina Beatriz Tavares da Silva, pela advogada familiarista Kátia Boulos, e pela professora de Direito Romano Maria José Bravo Bosch, o livro apresenta o intercâmbio de experiências sobre tutela da pessoa idosa entre vários países. O estudo dedica diversos capítulos ao tema que reflete uma preocupação mundial: a segurança do idoso, abordando o papel das políticas públicas na proteção e projeção da maturidade, o papel do Ministério Público na tutela dos direitos da pessoa com mais de 60 anos, um estudo sobre o sistema protetivo ao idoso no Brasil e trata, também, da vulnerabilidade do consumidor idoso e a necessidade de proteção especial.

Os estudos desta obra são assinados por professores, advogados, promotores, procuradores e juízes, e resultam da troca de profundos conhecimentos e largas experiências durante congressos internacionais. Revisado e atualizado, o material recebeu outras contribuições e, além de auxiliar acadêmicos e profissionais do Direito a se atualizarem sobre os temas, favorece amplo debate a respeito da (des) valorização do idoso.

Ficha técnica

Foto: divulgação Regina Beatriz
Foto: divulgação Regina Beatriz

Livro: Tratado da Pessoa Idosa
Coordenadores: Regina Beatriz Tavares da Silva, Kátia Boulos e Maria José Bravo Bosch
Editora: Almedina Brasil
ISBN: 978-65-5627-834-6
Páginas: 624
Formato: 16x23x3cm
Onde encontrar: Almedina Brasil | Amazon

 

 

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