O lugar é o mesmo. A paisagem, totalmente diferente. Quem gosta de viajar sabe das vantagens de se repetir um destino. Cada ida se consagra como uma nova experiência. E, no caso dos locais conhecidos como camaleões, a viagem fica ainda mais inédita. Isso porque essas regiões são completamente diferentes em cada estação do ano.
A diretora da GVA, empresa responsável pelo turismo da Noruega no Brasil, Gisele Abrahao, explica que o espírito flexível permite que esses destinos recebam turistas de janeiro a janeiro. “Sabemos que camaleões simbolizam mudança, flexibilidade, capacidade de adaptação e isso também é o que acontece com alguns lugares incríveis”, afirma.
De acordo com ela, não é preciso se preocupar com temporada no caso desses lugares, já que sempre oferecem alguma nova atração conforme o clima. “Definir alta e baixa temporada fica cada vez mais difícil, já que há variáveis a serem consideradas. Por exemplo, na Noruega, assimilam o verão como alta temporada por ser mais quente e uma estação forte na Europa para os Fjords. Mas, por outro lado, o inverno, considerado uma época de baixa, é a mais propícia para a caçada da Aurora Boreal, o que torna o destino bastante procurado também”, completa.
A plataforma colaborativa Lugares pelo Mundo listou alguns destinos para conhecer e revisitar quantas vezes quiser! Conheça.
Noruega
As estações inverno e verão na Noruega fazem com que o país mude radicalmente sua paisagem. No verão é possível observar o fenômeno do sol da meia noite, ao norte do país. Já no inverno, a Aurora Boreal é a visita mais esperada. Isso sem contar nas diversas atrações que vão além dos fenômenos naturais e agradam os turistas em qualquer estação.
Pantanal
É considerado a maior planície alagada do mundo. E é justamente por isso que as mudanças acontecem de forma significativa. Nos períodos de muita chuva, de outubro a março, o rio Paraguai e seu afluentes alagam toda a região e, assim, se formam os “courichos”, que são como pequenas lagoas. Já entre abril e setembro, toda essa água escoa e é possível novamente ver os pastos: um cenário completamente oposto.
Delta Okavango
Na Botsuana localiza-se um dos maiores berços da vida selvagem do planeta. E o que acontece lá, é semelhante ao fenômeno do Pantanal. O rio Okavango drena a água das chuvas de verão do planalto da Angola, essa água meça se espalha por toda a planície do Delta de março a junho e entre junho e agosto atinge o seu pico, que é durante o inverno seco da Botsuana. O alagamento é o responsável por atrair os aniamis selvagens da África e tornar o destino convidativo aos aventureiros.
Whistler
Considerado a principal estação de ski do país, Whistler foi uma das sedes das olimpíadas e paraolimpíadas de inverno em 2010 e palco das principais disputas de ski e snowboard dos jogos. Mas, não só os amantes de neve a cidade encanta. No verão, quando os lagos estão descongelados, com um azul de arrancar suspiros, e as paisagens paradisíacas já com plantas e flores. O publicitário Nicolas Camattari de Souza fez um intercâmbio para Vancouver, a cerca de 120km de Whistler, e teve a oportunidade de conhecer a cidade em várias versões. “Cheia de confeitarias charmosas e excelentes restaurantes e bares, esse vilarejo encanta em qualquer estação do ano. No inverno você pode ver os praticantes dos esportes de neve e no verão, aproveitar o aconchego da cidade que se parece uma versão mini de Campos do Jordão”, conta.