Em situação muito parecida com o filme recém-lançado “Não olhe Pra Cima”, Verena Paccola, de 22 anos, estudante de medicina da USP, foi premiada após descobrir a presença de novos 25 asteroides durante um programa da Nasa. Inclusive, dizendo que um deles pode se chocar com a Terra. Chamado de asteroide fraco, que se movimenta na de forma lenta. Quanto ao seu tamanho e possível data de colisão, ainda estão em estudo nos Estados Unidos.
Nos relatórios da brasileira, os números descobertos a respeito dos asteroides foram confirmados pela Nasa. Além disso, um deles estava no radar de “grande importância” da agência americana.
SEMELHANÇA COM O FILME
Na obra estrelada por Leonardo DiCaprio, dois astrônomos descobrem que em poucos meses um meteorito destruirá o planeta Terra. A partir desse momento, eles devem alertar a humanidade por meio da imprensa sobre o perigo que se aproxima, que por sua vez, não querem acreditar nas evidências mostradas.
A diferença para o caso da brasileira, é que isso é de conhecimento público e não há um risco de destruição global.
“As referências científicas no filme estão muito boas. Eles mostram o mesmo programa que eu usei para achar os asteroides. Falam do centro de Harvard e tudo mais”, disse Verena.
COMO DESCOBRIU?
Estudando exaustivamente em 2020, para o vestibular da USP, Verena diz que estava procurando uma atividade fora dos conteúdos do vestibular. Então, decidiu se inscrever em um programa da Nasa que viu na Internet.
“Me passaram o cadastro para o software de caçar asteroides. Eles me começaram a me passar pacotes de imagens tiradas de um telescópio que fica no Havaí para eu analisar. Esse programa dá para achar vários corpos celestes, várias coisas no espaço, mas o que eu aprendi a detectar era asteroide mesmo”, explica.
O software oferecido mostrava alguns asteroides se movendo, enquanto as estrelas permaneciam paradas, possibilitando o cálculo.
O RECONHECIMENTO
Em dezembro de 2021, a brasileira foi premiada em Brasília recebendo um troféu do coordenador o programa “Caça Asteroides”, da Nasa, e do ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações.
Como ela mesmo descobriu os asteroides, ela tem o direto de nomeá-los, apesar de não saber quando poderá fazer isso, ela conta que um deles receberá o nome da avó, Rochelle Paccola, a maior inspiração da brasileira.
CARREIRA
Ainda no segundo ano da faculdade, ela conta que começou a conhecer a área da medicina espacial agora e que achou muito interessante, mesclando as duas paixões da vida dela, já que sempre sonhou em ser médica desde criança.