Não é necessário ser um sommelier para apreciar um bom vinho. Porém, além da análise visual, olfativa e gustativa, um bom apreciador precisa conhecer as nomenclaturas e termos utilizados até para comprar a bebida. A redação da Campinas Cafe produziu um dicionário do vinho, que pode te ajudar a escolher a melhor opção e, ainda, ser uma boa cola na hora de conversar com os amigos que entendem sobre o assunto. Gostou? Então, confira!
Ácido: além de trazer personalidade ao rótulo, a acidez é fundamental para manter o equilíbrio no vinho. É responsável pela sensação de frescor e é detectada nas laterais da língua, ao estimular a salivação. Caso seja encontrada em exagero, é considerado um defeito.
Amadeirado: baunilha, madeira de cedro, caramelo, pão tostado, aromas de torrefação dominam esse sabor. O odor e sabor de carvalho devem estar balanceados com a fruta.
Amanteigado: associado ao sabor de manteiga derretida, ele aparece normalmente nos vinhos brancos de uvas Chardonnay envelhecido em barris de carvalho.
Corpo: o vinho pode apresentar na boca, como: pouco corpo, médio corpo e encorpado. Se for mais translúcida é chamado de pouco corpo, mas se for impossível de enxergar através dele, pode-se chamar de encorpado.
Curto: quando o vinho é mais simples e não deixa sabor persistente na boca, o oposto de persistente ou longo, com pouco retrogosto.
Evoluído: maduro, pronto para beber.
Frutado: possui aroma de frutas, como: pêssego, maçã, cassis, cereja e etc.
Harmonizado: quando o vinho ressalta suas características ao acompanhar um prato, criando um grande prazer sensorial.
Macio: um vinho delicado, com bom teor de glicerina e pouca acidez.
Pesado: encorpado, mas com pouca acidez. Geralmente, é utilizado para muito estruturados, com muitos taninos.
Retrogosto: é o gosto que fica na boca após beber o vinho.
Taninos: é o que dá a sensação de adstringência e secura na boca. É fundamental para a longevidade, a estrutura e a base dos tintos.
Nomenclatura das uvas
Agora que você já sabe os termos principais do dicionário do vinho, e para te ajudar nas harmonizações com o seu prato favorito, confira o nome correspondente a cada tipo de uva e as suas especificações.
Cabernet Sauvignon: de origem francesa, essa é conhecida como a rainha das uvas tintas. Por ser uma das mais populares que existem, ela produz vinhos de mesa para acompanhar as refeições. Características: tom escuro, amargor e corpo estruturado.
Malbec: essas uvas são produzidas na Argentina com excelência, apesar de serem francesas. Caso seja envelhecida nem barris de carvalho, terá uma estrutura ainda mais saborosa. Características: tinto, intenso, taninos maduros e textura aveludada.
Merlot: encontrado nas regiões frias, como França, Chile e Itália, ela apresenta alta qualidade independente da sua longevidade. Características: textura macia, doçura e estrutura robusta.
Pinot Noir: conhecida como o oposto do Carbenet Sauvignon, essa uva precisa da temperatura perfeita para ser cultivada. Seus vinhos são misteriosos, e apresentam taninos firmes. Características: complexa, tinta, taninos firmes.
Tannat: as uvas são francesas, mas foram levadas às vinícolas uruguaias. No Brasil, é possível encontrá-las na região da Serra Gaúcha, por causa das temperaturas, das chuvas mais baixas e intensas. Características: frescos, finos e com um retrogosto bastante agradável.