Você já tomou chá de camomila? A bebida além de deliciosa é uma poderosa aliada no alívio do estresse e controle de cólicas. Mas a camomila, denominada cientificamente como Matricaria chamomilla e/ou Matricaria recutita (nome vem de Matrix e significa útero) vai muito além!

Leandra Sá de Lima, farmacêutica consultora da Farmacotécnica explica que apesar de ser comumente utilizada em forma de chá, a planta também pode ser usada como extrato, óleo e óleo essencial, promovendo diversos benefícios. “Além do alívio de cólicas intestinais de bebês e uterinas nas mulheres, a camomila também ajuda no controle da diarreia infantil. Tem ação calmante, trata feridas na boca e enxaquecas. E também pode ser usada em compressas para a pele com ação calmante e anti-inflamatória”, destaca.

De acordo com a especialista, a camomila também pode ser usada na prevenção de rachaduras de peles sensíveis e secas; cicatrização da pele; alívio da inflamação das gengivas e cavidade oral. “Ela também ajuda no clareamento dos cabelos e no tratamento da acne e queimaduras de sol, como um poderoso antiflamatório”, pontua.

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Imagem: Canva

Manipulação

Umas das principais ações da camomila é o poder anti-inflamatório. Em loções e cremes corporais pode favorecer o controle de alergias e irritação da pele. Em sabonetes pode trazer uma ação suavizante e cicatrizante que pode ser útil tanto para quadros de acne quanto para peles sensíveis.

“Um produto extraído da camomila muito utilizado é o azuleno, que mesmo em pequenas concentrações tem alta capacidade de acalmar a pele irritada, reduzindo o prurido e a sensação de calor da pele irritada”, afirma Leandra Sá de Lima. Ela complementa que, em máscaras faciais os derivados de camomila ajudam a cicatrizar e acalmar a pele. “Muito útil também nas loções e géis após sol e após depilação, associada a produtos refrescantes traz alívio a qualquer sensação de irritação”, pondera.

Aspectos agronômicos

Esta é uma planta extremamente sensível a períodos de seca. Natural do Sul do Brasil, cresce no período de frio intenso. “A climatização ao cerrado foi difícil, feita com os conhecimentos agronômicos de Rogério Tokarski, que além de farmacêutico (fundador da Farmacotécnica) é técnico agrícola”, ressalta Leandra. Segundo ela, geralmente, a colheita pode ser efetuada três meses após a semeadura.