Foto: Jô Soares Onze e Meia - Edson Iwassaki SBT

Ator, humorista, escritor, apresentador e um dos maiores entrevistadores da história da televisão brasileira, Jô Soares deixa uma história de sucesso e um legado de alguém que celebrou a vida sempre com alegria.

Ele faleceu na madrugada da sexta-feira, 05 de agosto de 2022, aos 84 anos, no Hospital Sírio Libanês, onde estava internado desde o dia 28 de julho para tratar em decorrência de uma pneumonia. O velório e o enterro serão fechados para a família e amigos.

A Campinas Cafe registra uma homenagem ao seu legado, com passagem da sua trajetória e se solidariza com os fãs desse grande ícone da TV brasileira.

 

Trajetória

José Eugênio Soares, carioca, teve uma extensa carreira na televisão, no cinema e no teatro.

Na década de 1950, Jô atuou nos filmes “Rei do movimento” (1954), “De pernas pro ar” (1956) e “Pé na tábua” (1957), e ganhou o público com o papel de “O homem do Sputnik”, de 1959, dirigido por Carlos Manga. Além disso, estreou no teatro no clássico de Ariano Suassuna, “O Auto da Compadecida”.

Foto: Veja o Gordo – João Batista da Silva SBT

Depois, em 1970, fez sua estreia na Globo, no programa em Faça Humor Não Faça Guerra, além de Globo Gente, Satiricom, O Planeta dos  Homens, até chegar no lendário e icônico Viva o Gordo, em 1981, onde caracterizou mais de 200 personagens.

Em 1988, Jô foi para o SBT com o Veja o Gordo, onde carregou consigo personagens de suas atrações anteriores, e criou novos que foram sucesso na emissora, dentre eles a economista Lilia Bife Quibe no jornal Gordo Economia.

Foto: Veja o Gordo – Moacyr dos Santos SBT

Mas foi em agosto de 1988, que uma revolução acontece na carreira de Jô, e na história da televisão brasileira. Jô recebe de Silvio Santos a oportunidade de realizar seu sonho ao comandar um talk show que mesclasse entrevistas, música e humor, inovando com vanguardia os finais de noite da TV brasileira, criando uma fórmula inesgotável que até hoje reflete-se em sucesso absoluto. Estava lançado Jô Soares Onze e Meia.

Depois, em 1994, durante a Copa do Mundo dos Estados Unidos, Jô comanda uma mesa redonda direto de Los Angeles batizada de Jô na Copa, com a participação de ex-jogadores, celebridades.

Em 2000, Jô retorna para a TV Globo no Programa do Jô, permanecendo no ar até 2016.

Jô ainda participou de diversas peças e escreveu os livros:

Os dilemas do Fantasma e do Capitão América (1972) — capítulo no livro Shazam!, de Álvaro de Moya

  • O Astronauta Sem Regime (1983)
  • Humor Nos Tempos do Collor (1992)
  • A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar (1994)
  • O Xangô de Baker Street
  • O Homem que Matou Getúlio Vargas
  • Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005)
  • As Esganadas (2011)
  • O Livro De Jô – Uma Autobiografia Desautorizada – Vol. 1 (2017)
  • O Livro De Jô – Uma Autobiografia Desautorizada – Vol. 2 (2018)

 

Assista a premiação de Jô Soares por Silvio Santos:

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