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Comédia sobre seres terrestres é a nova aposta de Eduardo Sterblitch

Redação Graciolijulho 10, 2019

Por Mariana Arruda

Viver mais de 60 personagens em apenas 75 minutos. É com esse desafio, que Eduardo Sterblitch e Renata Gaspar divertiram a plateia do Teatro Iguatemi Campinas, na estreia nacional de “TIO”. Na pele de seres intergalácticos, os dois fizeram representações da cultura humana e de tudo aquilo que acontece na Terra. “É uma observação externa das nossas bobagens”, explica Eduardo.

Cultura humana

O nome da peça remete ao “Treinamento Intergaláctico Obrigatório”, em que a própria plateia passa por uma preparação para conhecer mais sobre os humanos. Com direção de Débora Lamm, Eduardo e Renata fazem representações cômicas através de analises de situações cotidianas vividas aqui na Terra. “A melhor forma de se melhorar é rir de si mesmo, e a comédia faz isso como ninguém”, diz Renata.

Trabalho, amor, tempo, morte e família. Esses são alguns dos tópicos abordados pela dupla no palco. Segundo a diretora, é importante refletir sobre a importância da existência humana, que vem antes mesmo de qualquer característica. “É como falamos na peça: sabemos que os seres humanos existem. Mas, é importante se lembrar disso quando estiver na frente de um, porque eles se esquecem disso o tempo todo”, finaliza Sterblitch.

Espetáculo

Eduardo Sterblitch

Dois atores e iluminação. É assim que a cena de “TIO” é construída: sem objetos ou itens para contextualizar a narrativa. “Os meninos fazem mais de 60 personagens, que são completamente diferentes uns dos outros. Isso é tão eficaz que, como opção de direção, eu optei por deixar apenas eles em cena. São dois atores extremamente virtuosos, que não precisam de nada para contar essa história”, diz a diretora.

Segundo Débora, a simplicidade torna tudo isso ainda mais trabalhoso. Além disso, ao longo de toda a peça, os atores não saem do palco em nenhum momento. “Pra você conseguir chegar no simples, tem muito estudo. A peça inteira é uma coreografia, da primeira cena até a última. Então, exige muita precisão”, explica Débora.

A diretora também aproveita a oportunidade para ressaltar a importância do teatro como agente estimulador da criatividade. “Diferente da televisão, podemos não tratar a plateia como passiva. Aí que a magia acontece. Se você diz o que é, você tira do outro o poder de exercer o seu próprio olhar”, conta.

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