Por Daniela Suniga*
O relacionamento interpessoal é um dos maiores diferenciais competitivos das organizações, pois vai além de recursos financeiros ou tecnológicos: envolve cooperação, confiança, empatia e sabedoria coletiva. Seres humanos estão em constante transformação, movidos por crenças, desejos e intenções. Assim, compreender as relações significa aceitar a complexidade da vida e a necessidade de reinventar o pensar e o agir.
A educação nesse contexto deve ensinar mais que conteúdos: deve preparar para viver em comunidade, respeitar diferenças, administrar conflitos, colaborar e valorizar o espaço comum. Relações humanas tocam motivação, autoestima, comunicação, liderança e autoconhecimento — bases para o respeito mútuo e para o crescimento pessoal e profissional.
Sem respeito e paciência, não há relações verdadeiras. Cada pessoa interpreta o mundo a partir de suas lentes, e mudanças só acontecem quando o indivíduo reconhece a necessidade de mudar. Relações saudáveis exigem conhecimento, experiência e, acima de tudo, gostar de pessoas.
Estudos reforçam essa visão. Uma pesquisa da TED com a Geração Y mostrou que muitos jovens ainda priorizam riqueza e fama, mas o Estudo de Desenvolvimento Adulto de Harvard, que acompanha pessoas há mais de 75 anos, revelou algo essencial: não são dinheiro ou status que trazem felicidade, mas sim as relações humanas de qualidade.
Três lições marcaram essa pesquisa: conexões sociais fortalecem a saúde e a longevidade; a qualidade das relações é mais importante que a quantidade; e bons vínculos protegem tanto o corpo quanto o cérebro. Relações conflituosas, ao contrário, adoecem e aceleram o declínio emocional e físico.
No trabalho, a falta de diálogo, centralização autoritária e ausência de canais de comunicação geram isolamento, fofocas e doenças emocionais. Toda pessoa tem o desejo de ser importante — e organizações precisam valorizar, ouvir e reconhecer cada colaborador.
Por fim, o convite é simples e profundo: cultivar relações de afeto e cuidado, seja em família, amizades ou trabalho. Uma boa vida se constrói com boas relações. Como disse Mark Twain: “Não há tempo para amarguras ou discussões banais. Só há tempo para amar, e mesmo para isto é só um instante.”
*Daniela Suniga é colunista da Campinas Café.
É mentora, escritora, educadora e palestrante com mais de 20 anos dedicados ao desenvolvimento humano. Mestra em Educação, com formações em Administração, Marketing e Terapias Integrativas, une sólida base acadêmica à vivência prática em processos de transformação pessoal e espiritual. Criadora do podcast “Diálogos com Dani”, que ultrapassou 30 mil ouvintes no Spotify, e idealizadora do Projeto Aurora, Daniela já impactou mais de 100 pessoas com mentorias individuais e em grupo voltadas ao autoconhecimento, equilíbrio emocional e reconexão com a essência. Autora de “A Audácia de ser Feliz” e mais cinco livros em coautoria, Daniela compartilha com coragem sua jornada pessoal — marcada por desafios na infância, superações emocionais e uma peregrinação espiritual pela Rota da Luz — como forma de inspirar outras pessoas a despertarem coragem e autenticidade em suas próprias histórias. Natural de Campinas, mãe de dois filhos e apaixonada por livros, viagens e bons diálogos, acredita que a verdadeira transformação começa com o cultivo da bússola interior — conceito que se tornou a marca registrada de seu trabalho e de sua missão de vida: ajudar pessoas a viverem com mais propósito, verdade e felicidade genuína.