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Saiba como prevenir seu pet das principais doenças

Redação Gracioliabril 6, 2020

como prevenir seu pet das principais doenças
Com a segunda maior população de animais de estimação do mundo, não restam dúvidas de que os pets conquistaram os corações dos brasileiros. Apesar disso, alguns temas ainda merecem a atenção dos tutores quando o assunto é cuidar da saúde dos animais de estimação: maior expectativa de vida, menos espaços para atividades físicas, pouco conhecimento sobre a alimentação adequada, dentre outros.
O ditado “prevenir é melhor do que remediar” é verdadeiro tanto para humanos quanto para os pets. Para levar mais conscientização sobre a importância da prevenção e celebrar o Dia Mundial da Saúde, comemorado todos os anos em 7 de abril, a médica veterinária Natália Lopes, Gerente de Comunicação Científica da ROYAL CANIN® Brasil, selecionou alguns dos principais problemas que impactam diretamente a saúde dos gatos e cães no mundo e que merecem a atenção do tutor.
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Obesidade e Sobrepeso

Mais de 50% da população mundial de pets sofre com o sobrepeso e a obesidade, sendo essa a condição clínica mais importante que afeta os pets do mundo todo. Como doença primária, a obesidade pode predispor ao aparecimento de várias outras condições, como diabetes, doenças osteoarticulares, dermatológicas, digestivas, entre outras. Mas não é só isso. A partir de um estudo realizado pela Universidade de Liverpool, com mais de 50 mil cães do continente americano, de 12 raças diferentes, descobriu-se que, para cada uma delas, o sobrepeso estava associado com um menor tempo de vida. Em cães de porte grande isso representou uma média de 6 meses, enquanto raças pequenas representou cerca de 2 anos a menos.
As pessoas, de um modo geral, amam agradar seus pets com petiscos ou sua própria comida. Afinal, muitas têm o entendimento de que comida é amor, e esse é um dos grandes desafios na luta contra a obesidade: conscientizar o tutor de que pequenas atitudes na dieta do pet podem levar à obesidade, acarretando consequências graves. A recomendação é não oferecer alimentos destinados a humanos e limitar o consumo de calorias vindas de petiscos em até 10% da necessidade energética do pet, um cálculo que o Médico-Veterinário ajudará o tutor a fazer.
Somado a esse cenário, uma pesquisa do WALTHAM™ Science Institute, parte da Mars Pet Care, identificou que somente 20% dos tutores de cães e gatos pesam a quantidade de alimento que oferecem aos seus pets. Os resultados ainda apontaram que 61% dos entrevistados não sabiam que animais com excesso de peso podem ser suscetíveis a diabetes e doenças ortopédicas; 53% não sabiam dos riscos cardíacos; e 51% não tinham ideia que seu pet poderia viver menos por ter o peso acima do recomendado.

Doenças vs Alimentação

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Alergias alimentares e intolerâncias são exemplos de reações do organismo do animal a determinadas substâncias presentes no alimento. Alguns sintomas característicos desses quadros são vermelhidão da pele, pequenas feridas, coceira, lambedura excessiva de uma área e alterações gastrointestinais como vômito e diarreia. Desta forma, é essencial a consulta ao Médico-Veterinário frente a quaisquer alterações que sejam notadas no pet.
Hoje, é frequente tutores optarem em preparar o alimento do pet em casa, uma escolha que, se realizada sem a supervisão e prescrição do Médico-Veterinário Nutrólogo, pode acarretar danos à saúde do animal. As deficiências nutricionais, como de vitaminas e minerais, levam a riscos que afetam, por exemplo, a visão, o crescimento e a saúde da pele. Um estudo realizado pelo WALTHAM™ Science Institute, que avaliou cientificamente dois livros didáticos para alimentação caseira, nove livros de dicas para tutores e Veterinários e 22 portais de internet (64% voltado para Veterinários e 36% destinado a tutores), identificou que 95% das receitas tiveram, pelo menos, deficiência em um nutriente, e 83% apresentaram múltiplas deficiências, como falta de Zinco, Vitamina E, Vitamina D e Cálcio.

Doença Renal Crônica

Gatos e cães estão ficando, cada vez mais, dentro dos lares e sendo acolhidos como membros das famílias. Essa atitude, combinada com a conscientização da importância de se oferecer cuidados e assistência veterinária de qualidade, faz com que os pets vivam mais. Embora seja uma ótima notícia, o aumento da expectativa de vida de gatos e cães merece atenção: com a idade avançada surgem algumas doenças que não são tão comuns em animais mais jovens e, muitas vezes, são descobertas tardiamente. Um exemplo é a Doença Renal Crônica (DRC), condição marcada por diferentes causas, que pode acometer 1 a cada 3 gatos e 1 a cada 10 cães ao longo da vida, sendo mais evidente em animais acima de 10 anos.
Alguns dos sinais clínicos dessa doença são perda de apetite, perda de peso, pelagem em má qualidade, vômito e diarreia. Aumento no consumo de água e na micção também podem ser indicativos. Além disso, o animal pode apresentar fraqueza, abatimento e palidez de mucosa. Mas atenção: muitos destes sinais são comuns a outras doenças e, portanto, somente o Médico-Veterinário pode determinar o diagnóstico definitivo.
Um dos agravantes é que a DRC pode ser silenciosa e, muitas vezes, os sinais clínicos aparecem somente em uma fase mais avançada da doença. A melhor forma de prevenção da doença é a visita anual ao Médico-Veterinário para check ups semestrais, principalmente para pets acima de 7 anos.

Outras Doenças

Para uma melhor qualidade de vida, além de uma alimentação saudável e atividades físicas regulares, é necessário estar em dia com as vacinas.
Para os cães, protocolos que incluam a vacina antirrábica (obrigatória) e as polivalentes V8 ou V10 devem ser considerados, prevenindo doenças tais como raiva, parvovirose, cinomose ou leptospirose. Outras, como vacinas contra gripe, giardíase e leishmaniose devem ser consideradas de acordo com a região e estilo de vida do animal.
Já nos gatos, a vacina antirrábica também é obrigatória, e eles ainda podem se beneficiar das polivalentes, tríplice ou quádrupla felina. Como vacinas eletivas, aquelas contra leucemia felina e peritonite infecciosa poderão ser discutidas com o Médico-Veterinário responsável.
Vale ressaltar que é importante manter a carteira de vacinação do pet sempre atualizada e seguir todas as recomendações do Médico-Veterinário de confiança.

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