Demorou, mas aconteceu. O The Fifties finalmente rendeu-se ao flexitarianismo, um tipo de alimentação que se aproxima do vegetarianismo e do veganismo, mas de forma flexível – daí a origem do nome. Criador do hambúrguer de picanha (Pic Burger), o restaurante acaba de incorporar ao seu cardápio o Futuro Burger, hambúrguer de vegetais produzido pela foodtech Fazenda Futuro.
No The Fifties, o Futuro Burger pode substituir o hambúrguer tradicional – sem custo adicional – em qualquer das opções de sanduíches em todas as lojas da rede. Até a chegada do Futuro Burger 2.0 ao The Fifties, os clientes do restaurante tinham uma única opção vegetariana, o Veggie Burguer – com hambúrguer vegetariano de soja, acompanhado de shitake na manteiga com alho poró, alface americana, cenoura ralada e molho grego à base de iogurte no pão preto.
Resultado de cerca de três anos de desenvolvimento, o “hambúrguer do futuro” inclui ervilha, proteína de soja, grão-de-bico, cebola e beterraba, responsável pela suculência e pela cor que imita o sangue da carne. Lançado em sua primeira versão em abril passado, o bife de carne vegetal foi aprimorado pela Fazenda Futuro nos últimos meses. A versão 2.0 tem 11% menos calorias, 23% menos carboidratos, 13% menos gorduras, 6% menos sódio e 32% mais fibras do que a anterior.
Um dos maiores obstáculos para o avanço da carne vegetal no mercado – até então, a maioria dos produtos não apresentava gosto tão próximo da carne como o esperado –, o sabor é um trunfo do Futuro Burger. Com aparência muito semelhante à do tradicional – a cor é levemente mais clara e rosada –, o produto da Fazenda Futuro é bem condimentado e tem um saboroso gosto defumado. Em um teste cego, os convidados (cozinheiros, influenciadores digitais, cantores e crianças) provaram as duas versões e deram notas praticamente idênticas para ambos.
Também conhecido como “semi-vegetarianismo” ou “reducitarianismo”, o flexitarianismo surgiu na década de 1990, nos Estados Unidos, quando alguns vegetarianos se intitularam “vegetarianos flexíveis”. Os adeptos estão na metade do caminho para o vegetarianismo ou veganismo, buscando reduzir o consumo de carne, seja por questão de saúde – a carne vegetal é mais saudável do que a animal – ou ambiental (durante a digestão, bois e vacas produzem muito metano, um gás 21 vezes mais ativo que o gás carbônico na retenção dos raios solares e responsável por 23% do efeito estufa).
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