Anete Ring, Horizonte Cantante, 120 cm x 200 cm – Com curadoria de Fábio Magalhães, a mostra reúne pinturas em tela e obras feitas com materiais de rejeito, radiografias e páginas amarelas de listas telefônicas, que convidam o público a mergulhar em suas histórias e emoções.

O Museu de Arte Contemporânea de Campinas “José Pancetti” recebe, no dia 29 de maio, quinta-feira, das 18h às 21h, a abertura da exposição “de RUÍNAS E SONHOS”, da artista plástica, arquiteta e designer Anete Ring.

Após estrear em São Paulo em 2023, a mostra chega a um dos museus mais relevantes do interior paulista, reconhecido por sua trajetória de dedicação à arte. Seu programa de exposições temporárias oferece um panorama da produção moderna e contemporânea, combinado com mostras do acervo onde figuram nomes como Salvador Dalí, José Roberto Aguillar, Mira Schendel, Cândido Portinari, Lasar Segall, Roberto Burle Marx, Cildo Meireles, Waltercio Caldas, Antonio Henrique Amaral entre outros.

A mostra, que conta com a curadoria de Fábio Magalhães — uma das personalidades mais marcantes do cenário da arte brasileira, que esteve à frente de grandes instituições culturais como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outras, reúne trabalhos recentes da artista, apresentados em duas grandes salas do museu: 

Na primeira delas, estarão vinte e duas pinturas sobre suportes tradicionais (tela e papel) da série Horizontes, que trazem imagens poderosas de espaços imaginários, ilusórios e sem limites. Segundo o curador Fábio Magalhães, “a dinâmica visual, resultado de pequenas alterações cromáticas, sempre contidas, sugerem o tempo que flutua no espaço imenso“.

Na segunda sala, estarão trabalhos, frutos de uma intensa pesquisa experimental da artista, entre elas a obra Quarentena. Composta por um painel com 40 pinturas sobre folhas do catálogo “Páginas Amarelas”, este trabalho traz rostos fortemente expressivos que evocam uma diversidade de situações como desespero, perplexidade, revolta, reflexão e esperança. 

Já a série Raio-X reúne 40 obras monocromáticas de rostos silenciosos e anônimos, pintados sobre radiografias do corpo da própria artista. Parte delas estão fixadas sobre negatoscópios, objetos obsoletos, que  dramatizam ainda mais estas imagens impressionantes.

Estas obras, junto a uma escultura feita com rejeitos, foram criadas durante a pandemia.  Remetem à sensação de vulnerabilidade e fragilidade, ao sufocante espaço de tempo suspenso que experimentamos com o confinamento e que metaforicamente se repete em diversas situações de nossas vidas para além da pandemia.

Nas séries Minha Alma Canta e Fuzuê, a artista faz referência às alegrias possíveis, onde desaguam os sonhos. São trabalhos em papel, de colorido intenso e grafismo agitado, compostos por colagem, desenho e aquarela. 

O público ainda poderá conferir a série inédita, Fissuras Visuais Verbais, que é resultado da parceria da artista com o premiado escritor Evandro Affonso Ferreira. Aqui, as obras apresentam um diálogo entre imagem e texto, provocando o público a construir suas leituras.

Serviço:

de  RUÍNAS E SONHOS, Anete Ring

Onde: Museu de Arte Contemporânea de Campinas “José Pancetti”

Endereço: Av. Benjamin Constant, 1633 – Centro, Campinas – SP, 13010-142. tel: (19) 2515-7095

Abertura: 29 de maio, quinta-feira, das 18h às 21h.

Visitação: Até 19 de julho. Terça a sexta, das 9h às 17h. Sábado, das 11h às 15h. 

Ficha técnica

– Curadoria: Fábio Magalhães

 – Chefe do Museu de Arte Contemporânea de Campinas “José Pancetti”: 

Flavia Balieiro Lodi