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Atriz Flávia Monteiro revela diagnóstico de melanoma: “achei que fosse uma pinta”

Redação Graciolimaio 20, 2025

Melanoma é o tipo de câncer de pele com pior prognóstico, mas diagnóstico precoce melhora chances de sucesso do tratamento.

A atriz Flávia Monteiro revelou que precisou passar por uma cirurgia para a retirada do um câncer de pele do tipo melanoma. “Achei que fosse uma pinta, mas era um melanoma. Tive que fazer uma operação”, disse a artista. O melanoma é o tipo de câncer de pele mais agressivo e letal. “O melanoma maligno avançado é uma doença muito agressiva, historicamente com prognóstico ruim, possuindo alto risco de metástase se não for identificado precocemente. Já os tumores de pele não melanoma, como o carcinoma epidermoide e o carcinoma basocelular, são os mais comuns”, explica o Dr. Ramon Andrade de Mello, oncologista do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil (São Paulo) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia. “Os cânceres de pele ocorrem devido a replicação desordenada das células da pele, levando a formação de um tumor maligno”, detalha o médico.

          Segundo o Dr. Ramon, existem vários fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele, incluindo histórico familiar, alterações genéticas, fototipo de pele e, principalmente, exposição solar demasiada com ausência do uso de protetor solar. “A exposição solar desprotegida é realmente preponderante para o desenvolvimento do câncer de pele. Isso é especialmente preocupante no Brasil, onde a incidência de radiação solar é muito elevada”, diz o oncologista. Por esse motivo, os cuidados com a fotoproteção são as principais medidas preventivas contra o câncer de pele. “Para evitar danos, é necessário aplicar diariamente um protetor solar com, no mínimo, FPS 30. Além disso, o produto deve ser reaplicado de duas em duas horas em ambientes abertos e de quatro em quatro horas em ambientes fechados. É importante também evitar a exposição solar entre 10h e 16h da tarde, período em que a radiação solar é mais forte. Nesse horário, prefira a sombra”, aconselha a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

De acordo com o Dr. Ramon, como a maioria das neoplasias, o câncer de pele é uma doença silenciosa. “Porém, pode se manifestar através do desenvolvimento de alterações da pele, como sinais e pintas desproporcionais”, explica o médico. Por isso, o autoexame da pele é tão importante, auxiliando na detecção precoce da doença, o que eleva as chances de cura para mais de 90%, segundo a dermatologista. “O autoexame deve ser realizado principalmente nas pessoas de pele clara, com histórico familiar ou pessoal de câncer de pele, com uma grande quantidade de pintas, que se expuseram excessivamente ao sol antes dos 30 anos ou sofreram queimaduras”, diz a Dra. Claudia Marçal.

A dermatologista reforça que o exame deve ser realizado preferencialmente uma vez por mês. “Em frente ao espelho em um lugar com boa iluminação, comece examinando o rosto, principalmente nariz, lábios, boca e orelhas, além do couro cabeludo, o que pode ser feito com ajuda de um pente para separar os fios. Em seguida, foque no pescoço, peito e tórax e não se esqueça da nuca e abaixo dos seios. Nos braços, verifique axilas, antebraços, cotovelos e mãos, inclusive entre os dedos. Com a ajuda do espelho ou de outra pessoa, atente-se às costas, nádegas e pernas. Sente-se para olhar também o interno das coxas, área genital, tornozelos e pés, incluindo a sola e o espaço entre os dedos”, detalha a Dra. Claudia Marçal.

Durante o autoexame, seu objetivo é verificar a existência de lesões preocupantes, usando a regra ABCD (assimetria, borda, cor e diâmetro). “Dividimos a lesão em quatro partes iguais e comparamos os quadrantes. Caso a pinta seja assimétrica, tenha bordas irregulares, várias cores ou diâmetro maior que 6 mm, é motivo de atenção”, comenta Dra. Claudia. Qualquer lesão que coce, doa, sangre ou que aumente de tamanho com rapidez também é preocupante. Ao notar qualquer um desses sinais, é importante buscar um médico. “A dermatoscopia é um dos principais exames utilizados para identificar lesões suspeitas na pele. Porém, somente a biópsia dessa lesão é que vai definir o diagnóstico”, destaca o Dr. Ramon Andrade de Mello.

O oncologista explica que, uma vez confirmado o diagnóstico de câncer, o tratamento será definido caso a caso. “Via de regra, o tratamento padrão para o câncer de pele é a cirurgia, mas a quimio e a imunoterapia também podem ser indicadas, além das terapias-alvo, uma abordagem inovadora que representa um grande avanço tecnológico para a oncologia. Com elas, é possível localizar os alvos celulares e manipulá-los para impedir o desenvolvimento dos tumores”, detalha o Dr. Ramon Andrade de Mello, que reforça que cada caso é um caso e é sempre importante discutir as possibilidades com o médico oncologista.

FONTES:

*DR. RAMON ANDRADE DE MELLO: Médico oncologista do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil (São Paulo), vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, Pós-Doutor clínico no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra), pesquisador honorário da Universidade de Oxford (Inglaterra), pesquisador sênior do CNPQ (Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico), Brasil, vice-líder do programa de Mestrado em Oncologia da Universidade de Buckingham (Inglaterra), Doutor (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). Tem MBA em gestão de clínicas, hospitais e indústrias da saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), São Paulo. É pesquisador e professor do Doutorado da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), de São Paulo. Membro do Conselho Consultivo da European School of Oncology (ESO). O oncologista tem mais de 122 artigos científicos publicados, é editor de 4 livros de Oncologia, entre eles o Medical Oncology Compendium, Elsevier, de 2024. É membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP. Instagram: @dr.ramondemello

*DRA. CLAUDIA MARÇAL: Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas – SP, speaker de laboratórios globais de dermocosméticos e de fabricantes de equipamentos. CRM: 78980 / RQE: 31829. Instagram: @draclaudiamarcal

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