A noite de ontem (28) ficou marcada pelo momento em que Will Smith se levanta e acerta a face do comediante Chris Rock, na cerimônia do Oscar, após o apresentador ter feito um comentário que envolvia a condição de Jada Pinkett Smith.
A atriz e esposa de Will Smith sofre de alopecia, doença que caracteriza a queda de fios de cabelo e pelos pelo corpo.
Mas, afinal, o que seria esta condição, quais as suas causas e sintomas?
A Campinas Café trouxe o médico e Tricologista Dr. Ademir Jr*, especialista no assunto para compreender os tipos de alopecia. O médico também autor dos livros “Como Vencer a Queda Capilar”, “Socorro, Estou ficando careca”, “Tem alguma coisa errada comigo – Como entender, diagnosticar e tratar a Síndrome dos ovários Policísticos” e “É outono para meus cabelos – Histórias de mulheres que enfrentam a queda capilar”.
Entenda.
O que é a alopecia?
Dr. Ademir explica que Alopecia corresponde à redução da densidade capilar em um indivíduo. Ou seja, à perda de cabelo ou pelos em uma parte específica do corpo ou da cabeça, sendo esta última a região mais afetada na maioria dos casos.
Em geral, quando o paciente busca auxílio de um profissional especializado, a alopecia só consegue se tornar perceptível à observação clínica quando é responsável por comprometer ao menos 25% a 30% da quantidade normal de cabelos que o indivíduo possui.
Dessa maneira, de acordo com o médico, pode-se conjecturar que, ao menos, 1/4 dessa densidade total possa ter sido perdida ou prejudicada de alguma forma pela ação dessa doença.
As alopecias podem ser classificadas, conforme a sua reversibilidade, em cicatriciais e não cicatriciais.
Alopecias cicatriciais
Alopecias cicatriciais, reforça o médico, são aquelas em que a área acometida não apresenta folículos ou foram destruídos por processos inflamatórios ou agressões importantes, como tração excessiva, queimaduras e cortes.
Elas costumam ser mais preocupantes e necessitam de urgência no diagnóstico correto e no tratamento, uma vez que sua perda capilar pode ser irreversível.
Isso se deve ao fato de que as células-tronco presentes no folículo, responsáveis por reiniciar o ciclo de crescimento capilar, foram destruídas, que resultam em uma redução permanente da densidade de folículos pilosos na região acometida.
Casos como estes são muito comuns, e este tipo de alopecia está relacionado a:
– Lúpus eritematoso cutâneo;
– Líquen plano pilar;
– Foliculite decalvante;
– Alopecia fibrosante frontal.
Alopecias não cicatriciais
Dr. Ademir explica que Alopecias do tipo não cicatricial podem ser acompanhadas de inflamações que são, normalmente, mais brandas. Dessa forma, isso não provoca danos permanentes a quem vive o problema.
Elas podem ser tratadas e, por esse motivo, permitem que o acometido mantenha seus cabelos em quantidade e qualidade normais ou muito próximos a isso.
Essa perda de fios surge de distúrbios capilares que não resultam em aspecto cicatricial do couro cabeludo, como:
– Alopecia areata;
– Eflúvios;
– Alopecia androgenética.
Você sofre com a alopecia?
Distúrbios capilares não representam ameaça direta à vida, embora possam ser sinal de uma doença mais séria, como tumores secretantes e lúpus eritematoso sistêmico.
Ainda assim, é importante ter em mente que eles afetam significativamente a qualidade de vida dos acometidos e, por isso, merecem atenção.
O importante é não negligenciar sintomas e sinais do corpo e buscar auxílio de um especialista.
Serviço:
Dr. Ademir C. Leite Jr. (CRM 92.693), é médico e tricologista. É certificado como Tricologista pela Internacional Association of Trichologists (IAT). Membro e diretor da IAT. É Diretor Científico do CAECI Educacional, Consultor de desenvolvimento de cosméticos e suplementos nutricionais, além de ser Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP.
Autor dos Livros: “Como Vencer a Queda Capilar”, publicado em 2012 pela CAECI Editorial, “Socorro, Estou ficando careca”, publicado pela Editora MG em 2005, “Tem alguma coisa errada comigo – Como entender, diagnosticar e tratar a Síndrome dos ovários Policísticos”, publicado pela Editora MG em 2004 e “É outono para meus cabelos – Histórias de mulheres que enfrentam a queda capilar” – Editado pela Editora Summus, “Queda Capilar e a Ciência dos Cabelos”, de 2013, publicado pela Editora CAECI, “Reflexões sobre Psicossomática e a Queda Capilar”, em 2019, pela Editora CAECI e seu último lançamento “Temas atuais em Tricologia” lançado pela Editora CAECI.