Nesta sexta-feira, dia 28 de janeiro, começa a oitava temporada do Campeonato Mundial de Fórmula E, a segunda sancionada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O Grande diferencial da categoria de monopostos é que os carros são 100% elétricos. As duas primeiras etapas serão em Diriyah, na Arábia Saudita.
Os organizadores apostam em uma guinada em 2022 após um ano anterior muito conturbado devido a pandemia, que impactou no calendário e ocasionou a saída de BMW e Audi, duas marcas de primeira prateleira. Por outro lado, o ano começou bem com a entrada da Maserati, montadora italiana de muito prestígio, outro ponto positivo para nós, brasileiros, é a presença de pilotos brasileiros no Grid: Lucas di Grassi e Sérgio Sette Câmara.
FORMATO DE DISPUTA
A temporada 2022 também será marcada por um grid de largada pouco convencional: um formato de mata-mata baseado na posição dos pilotos do campeonato. Dessa forma, pilotos em colocações ímpares pertencem ao Grupo A, já os de posições pares ocupam o Grupo B.
Cada grupo terá 10 minutos para usar a potência de corrida (220kW) do carro e os melhores tempos passam para a próxima fase. Os quatro melhores de cada grupo se classificam e disputam em um duelo particular entre si. O primeiro do Grupo A encara o segundo do Grupo B, o segundo do A contra o terceiro do B, o terceiro do A contra o segundo do B e por último, o quarto colocado do Grupo A encara o melhor colocado no grupo B. Nessa classificação, poderá utilizada a potência máxima dos carros (250kW).
Os dois melhores avançam direto para a semifinal, mantendo a disputa de um contra um, mas no seguinte formato: o vencedor do duelo entre o primeiro do Grupo A contra o quarto do Grupo B, disputa contra o vencedor do confronto do segundo do Grupo A contra o terceiro do Grupo B. Os vencedores disputam a final entre si, o mais rápido fica com a primeira posição, evidentemente.
O terceiro e o quarto colocado serão definidos pelos melhores tempos entre os dois eliminados. Quanto ao restante do grid, continua com os eliminados das quartas de final, com vantagem para os que foram mais rápidos.
CALENDÁRIO
Com prioridades para circuitos de rua, a categoria conseguiu montar um calendário digno em 2022 com a situação pandêmica mais controlada. Vale lembrar que no ano anterior, provas foram adiadas.
A categoria abre com uma rodada dupla na Arábia Saudita, em Diriyah. Além do final de semana d abertura, haverão rodadas duplas em Roma, Berlin, Londres e Nova York. Ao longo da temporada, também haverão corridas em Mônaco, México e Coréia do Sul, Canadá e Indonésia.
OS BRASILEIROS
Campeão da categoria na temporada de 2016-17, Lucas di Grassi mudou os ares para este ano ao trocar a Audi, que saiu do grid e foi para a Venturi correr ao lado do atual vice campeão, Edoardo Mortara. Já o compatriota Sérgio Sette Câmara irá ter como companheiro de grid um dos nomes mais conhecidos na categoria: o italiano e estreante na categoria, Antonio Giovinazzi, que no último ano estava na Fórmula 1 correndo pela Alfa Romeu.
TRANSMISSÃO
Assim como foi na última temporada, a categorias terá dois canais de transmissão: uma na TV aberta e outra na fechada. Cultura e SporTV, respectivamente. A transmissão da TV aberta terá Marco de Vargas na narração e Fábio Seixas nos comentários.
POTÊNCIA
Diferentemente das categorias “convencionais”, os carros da categoria utilizam baterias, que este ano ganharam 10% a mais de potência, escalando de 200kW para 220kW. A alteração faz grande diferença, já que os pilotos devem administrar suas baterias ao longo da prova, algo que nem sempre é possível de ser feito, ou seja, ficando sem bateria no final da corrida.
A categoria promete muita emoção, disputa e um campeonato equilibrado assim como no ano anterior!