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Se não você, quem? Se não agora, quando?

Redação Graciolijaneiro 1, 2019

Por Gabriel Santana 

transição de carreira
              @g.moreiradesantana

Todos temos sonhos, algum objetivo, meta, desejo, como prefira chamar. Ou deveríamos ter, pois quando se caminha sem mapa em uma floresta muito grande, repleta de montanhas, coberta por vegetação que estreitam a visão do porvir e delimitam pequenas trilhas, é fácil se perder. É fácil se cansar pela desmotivação dada pela falta de propósito, pela fadiga da escalada.

Ao longo de nossos encontros aqui, nessa Coluna para a Revista Campinas Café, falamos do quanto isso é o que nos impele a cada dia levantar da cama. O propósito, a missão de vida, o significado daquilo que se faz e se diz toda manhã, todo final de tarde. E não sem razão, quando se deixa de refletir sobre os papéis que ocupamos, de filho ou filha, de mãe e pai, de profissional, de amigo ou amiga, de marido e esposa, dentre tantos outros que ocupamos, as relações vão se tornando frágeis.

Mas não ter propósito, não conhecer a missão e não ter sempre ao menos uma meta em alguma área de sua vida pode não ser a única questão que você deve retomar nesse final de ano. O balanço, talvez, deva ser mais profundo, resgatar outras tantas oportunidades que suscitamos para se pensar as “verdades” que dizemos a nós mesmos, ou aquelas mentiras em que acreditamos.

É preciso reconhecer a procrastinação entre as “desculpas verdadeiras” – lembra-se, àquelas que têm sentido, vêm acompanhadas de fatos, mas que são maneiras de termos pena de nós mesmos, de sermos complacentes com nossos erros e, novamente, justificar o que não foi feito, que não mudou. São os sabotadores que surgem para, aparentemente, trazer proteção emocional, manter-nos acomodados, levando… esperando a oportunidade, a hora certa.

Sendo honesto com vocês como sempre fui, enquanto você não fizer uma lista das desculpas que dá para si mesmo sobre cada objetivo que tem e não realizou, nada mudará. Entrará ano, sairá ano e algumas coisas se realizaram, outras mais audaciosas, que exigem que saia de sua zona de conforto, podem mais uma vez não sair do papel. Minha sugestão para mais uma vez se conectar com seu lado mais poderoso, reprogramar sua mente e mudar essa história é a de ter uma conversa franca com você mesmo ao estabelecer suas metas para o próximo ano.

Escreve o que quer realizar e, na frente de cada um deste objetivos, após se perguntar se são mesmo possíveis de serem realizados no tempo que estabeleceu, anote duas coisas: o que pode ser um obstáculo real, um empecilho, e o que você tem “dito a si mesmo” todos essas anos ao não realizar essa meta. Isso, claro, se for uma meta antiga. Na terceira coluna, ainda a frente do objetivo, anote como pode se preparar e transpor os possíveis desafios listados, anote também como superar aquela velha desculpa.

Sobretudo, muito mais que uma ferramenta para ajudar você nessa jornada, a organizar suas ideias, projetos, sonhos, quero compartilhar que a cada passo que determinar dar em uma direção, pergunte-se “se não você, quem?”. Quem fará isso, se não for você mesmo? “Se não agora, quando?”. Quando finalmente realizará isso, se continuar sempre esperando o momento perfeito? Dê uma data. Seja específico naquilo que tanto quer.

A vida está acontecendo e, se não for você a escrever a sua história, a se desafiar e a superar-se, a cuidar de si mesmo, vivendo intensamente cada segundo e experimentando os sabores e dessabores dessa jornada para dar sentido à chegada ao topo, quem poderá vive-la por você? O sonho é seu! Seja gentil com você e determinado por você. Mas seja hoje. O amanhã é só um resultado.

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