Por Grazi Caproni
Parece, mas não é. Na infinidade de bebidas de frutas existentes no mercado, algumas são muito próximas, mas não representam a mesma coisa. Suco, néctar ou refresco é tudo suco certo? Não é bem assim. Primeiro, é importante mencionar que existe um decreto (6.871/2009 do Ministério da Agricultura) que regulamenta e dispõe sobre a padronização e classificação de bebidas. Dentre os três tipos, a forma de processamento e os ingredientes contidos em cada produto são os pontos de destaque a considerar. Uma boa dica para nós consumidores é ficarmos atentos às informações descritas nas embalagens. A legislação é rigorosa e define com detalhes as diferenças entre as bebidas. Veja:
Néctar – Menos fruta: são bebidas diluídas que podem ter adoçantes, corantes, conservantes e outros aditivos. Há algumas poucas opções no mercado sem essas substâncias adicionadas. Esse tipo de produto tem que conter de 20% a 30% em média de polpa da fruta. Se na embalagem estiver escrito “néctar”, fique atento.
Refrescos – Pouquíssima fruta: costuma ser o famoso “suco de pozinho” que requer diluição em água. Tecnicamente não é uma bebida, porque não está pronto para beber. Seu nome oficial é: preparado sólido sabor de fruta. Geralmente, têm de 8% a 10% de fruta. Pode conter até 30% de polpa, mas a maioria fica muito aquém disso. Se falta fruta, sobram aditivos. É a opção menos aconselhada.
Sucos – Mais fruta: dentre os industrializados, é o mais saudável. Para ser considerado suco, tecnicamente a legislação determina que a composição tenha, no mínimo, 50% de polpa da fruta. Pode conter água e até 10% de açúcar. Mas não pode ter nenhum tipo de conservante ou outro aditivo artificial. Já a designação “100% integral”, é exclusiva para o suco sem adição de açúcares, aromatizantes e conservantes. Na descrição dos ingredientes deve constar apenas a fruta. Por isso sua durabilidade pode ser menor. Essa é a melhor opção no caso das bebidas prontas.
Quanto às vitaminas e minerais, essas bebidas costumam ser fortificadas com aqueles encontrados em quantidades significativas na própria fruta. Fibras também podem ser acrescentadas.
Entenda: o tipo mais comum encontrado nos supermercados não é o suco, mas o néctar de frutas. O Ministério da Agricultura obriga os fabricantes a estamparem no rótulo se a bebida é suco, néctar ou refresco. Fique de olho! A praticidade da bebida pronta é irresistível. Basta abrir a embalagem e saborear. Mas sempre que possível opte pelo suco natural, aquele feito na hora, espremendo a fruta fresca (ou congelada, como segunda opção). De preferência orgânica. Lembre-se: se te faz bem, nem sempre é caro ou custa tempo. O melhor é quando é gostoso para o paladar, mas também para sua saúde. Pense nisso na sua próxima escolha. Planeje-se. Até a próxima!