Divertidos, carinhosos e leais, os pets já fazem parte da maioria das famílias brasileiras. Estudos comprovam que a relação do humano com um animal pode trazer diversos benefícios à saúde, principalmente para as crianças. Afetividade, diminuição de estresse e de ansiedade, senso de responsabilidade e amor ao próximo. Essas são algumas das características que os pequenos podem desenvolver quando convivem com um animal.

Pet e criança

De acordo com o médico veterinário, Luciano Ferraz, não há idade para apresentar o animal à criança. “Com os devidos cuidados de tamanho e proporções, podemos criar o vínculo desde bebezinho”, afirma. Porém, conforme a criança cresce, é possível que os pais atribuam funções que vão estimular o desenvolvimento dela, explica a psicóloga pela PUC Campinas com enfoque Cognitivo-Comportamental, Sheila Molchansky. “A idade tem que ter uma compatibilidade com as obrigações”, explica.

A despachante, Lorainy Ribeiro, conta que o primeiro contato entre Fredão, da raça golden retiever, e sua filha Isadora foi complicado. “O Fredão apareceu com a pata toda machucada e o Dr. Luciano me disse que era estresse. Depois de dois dias eu descobri que eu estava grávida”, diz Lorainy. Após o nascimento da filha, Lorainy conta que o cão ficou um mês distante dela. “Hoje, ele e minha filha não se desgrudam”, finaliza.

Pet e criança
Isadora e Fredão

Além de responsabilidade, o convívio possibilita que a criança compreenda sentimentos como amor e perda. “É um amor que nada pede, nada reclama. É o momento que virtudes como a solidariedade e afetividade são trabalhadas”, diz a psicóloga.

Mas, para que essa relação seja saudável, é importante que os pais esclareçam limites. “É preciso esclarecer para a criança que o pet é um ser vivo que merece respeito e carinho. É um processo coletivo e educativo. A criança tem que entender que o animal precisa ser cuidado”, completa Sheila. Além disso, Dr. Luciano afirma que é essencial levar o cão ao veterinário e verificar se ele está apto para brincar com os pequenos. “Não podemos colocar uma criança de um ano pra brincar com um cão estabanado de 50 kg, muito menos com um agressivo”, finaliza.