Na era da informação, a educação se transforma para preparar o indivíduo cosmopolita para o mundo. Isso porque, para acompanhar o ritmo das mudanças, as habilidades cognitivas devem ser cada vez mais desenvolvidas. Nesse cenário, as escolas bilíngues da primeira infância ganham cada vez mais destaque. De acordo com a diretora psicopedagógica do Centro de Educação Infantil Bilíngue Alpha-Vila, Anna Maisonnette, esse tipo de educação proporciona a oportunidade da criança atuar com mais segurança em um mundo globalizado, onde o inglês é fundamental. “Além disso, ela aprende desde pequeno a lidar com as diferenças de idiomas e culturas”, explica.

escolas bilíngue

 

Monolinguismo: novo analfabetismo

Através do conceito de Gregg Roberts, de que o monolinguismo é o analfabetismo do futuro, falar apenas uma língua não é mais suficiente. Por isso, inserir a segunda língua ainda na primeira infância é a solução procurada por muitos. “A ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de vida, particularmente de 0 a 3 anos, é o mais importante na preparação das bases das competências e habilidades no curso de toda a vida humana. É sabido que crianças bilíngues desenvolvem melhores habilidades cognitivas e sociais”, explica Anna.

Necessidade

De acordo com a diretora psicopedagógica, a maioria das famílias que procuram o ensino bilíngue para seus filhos são pessoas que sentiram a dificuldade de aprender inglês durante a adolescência ou mesmo na idade adulta. “São pais que tem o conhecimento prévio de que o aprendizado de um segundo idioma nessa fase amplia desde cedo o horizonte da criança e estimula o seu desenvolvimento intelectual, sua sociabilidade e segurança pessoal”, conta.

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Desenvolvimento cerebral

Além da importância de acompanhar as exigências do mercado e do globo desde cedo, estudar outro idioma na primeira infância também está relacionado ao desenvolvimento cerebral. Segundo um estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, essa habilidade ajuda a desenvolvermos a capacidade de conciliar várias tarefas ao mesmo tempo, já que o cérebro passa pelo exercício de revezar entre diferentes estruturas linguísticas. Além disso, essas crianças conseguem “deslocar” facilmente a atenção entre dois sistemas de fala e escrita.