A resposta a esta pergunta passa por muitas considerações, até porque uma pessoa fisicamente ativa, normalmente, passa a cuidar mais de si em vários aspectos, incluindo uma alimentação mais regrada. Todavia, existe um aspecto determinante e pouco falado, porém de grande relevância no tocante à resistência contra infecções de modo geral. Trata-se do sistema linfático!
Mais famoso do que o próprio sistema, é a massagem conhecida como “drenagem linfática” cuja técnica atua na estimulação dos vasos linfáticos. Cabe a ressalva de que a drenagem linfática não tem como objetivo melhorar as questões imunológicas, mas sim diminuir inchaços e medidas de cintura, por exemplo, em função da retenção de líquidos. Tanto o é que nos minutos seguintes a produção de urina aumenta muito.
Este sistema funciona em consonância ao sistema circulatório, auxiliando-o, principalmente, no retorno venoso. Isso porque o coração só ejeta sangue (arterial) e não o contrário, isto é, ele não suga o sangue venoso de volta. Assim sendo, parte do sangue acaba não retornando, formando um líquido chamado “linfa”. Este líquido, por sua vez, é transportado de volta ao sangue através dos vasos que compõem o sistema linfático e devolvido ao sangue. Nesta circulação, ainda pelos vasos linfáticos, a linfa passa por estruturas chamadas linfonodos, os quais possuem em seu interior células de defesa chamadas “macrófragos”. Ali, então, bactérias são destruídas em sua grande parte.
Mas e qual a relação disso tudo com a atividade física? Se você já questionou, eu explico. Os vasos linfáticos não têm a ação de um órgão específico, sendo seu funcionamento, porém, dependente da ação muscular. Por exemplo, os músculos da panturrilha pressionam estes vasos e, como estes têm válvulas internas que impedem o refluxo, a linfa segue um único sentido. E para reforçar ainda mais esta relação, os linfonodos estão estrategicamente localizados nas articulações, tais como joelhos, cotovelos, axilas e mandíbulas. E quanto mais nos mexemos, mais estas estruturas conseguem agir. Outro exemplo de sua relação com a atividade física é que pessoas acamadas por longos períodos têm mais chances de infecções, não obstante o inchaço, principalmente nas pernas.
E nesta época de frio, dias em que as doenças respiratórias ficam mais recorrentes, evitar o sedentarismo ganha nova importância. Portanto, meu caro amigo leitor, você decide: antibióticos ou atividades físicas? Boa sorte!
