Em um cenário em que 1,25 milhão de pessoas morrem no mundo por ano em acidentes de trânsito, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, OMS, saber que o Brasil tem contribuído para a redução destes números é um sinal positivo. De acordo com a coordenação de comunicação social da Polícia Rodoviária Federal, PRF, 626 vidas foram poupadas em dois anos nas rodovias federais do país: o número de mortes caiu de 6.870, registradas em 2015, para 6.244, em 2017.

O declínio de 9,1% no número de óbitos pode ser justificado, segundo o órgão, pelo fortalecimento de políticas públicas, campanhas de conscientização e, principalmente, de fiscalização eletrônica. Para o diretor e especialista em trânsito da Perkons, empresa responsável por desenvolver e aplicar tecnologia voltada a segurança nas estradas, Luiz Gustavo Campos, os bafômetros, radares e lombadas eletrônicas contribuem não só para impedir comportamentos imprudentes por parte dos motoristas. “As tecnologias de trânsito fornecem dados que auxiliam órgãos e gestores públicos a pensarem ações que melhorem o trânsito, além de contribuírem na conscientização dos motoristas em relação ao cumprimento das regras e leis de trânsito”, afirma.

A redução de mortes no trânsito em território brasileiro vai ao encontro dos objetivos traçados pela ONU por meio do programa “Década de Ação pela Segurança no Trânsito”. A meta deste projeto, iniciado em 2011, é que esse número reduza em 30% até 2020.